Na manhã desta quinta-feira (18), o presidente do CRF-BA, Dr. Mário Martinelli, recebeu representantes de um grupo de profissionais que se constituiu para discutir a empregabilidade na área farmacêutica no estado da Bahia. Também estiveram presentes o conselheiro federal, Dr. Altamiro José, e o assessor da diretoria, Dr. Arivaldo Santana.

O objetivo da reunião foi abordar a questão da empregabilidade na Bahia. Para alcançar esse propósito, o presidente apresentou números que ilustram a situação nos municípios, compartilhando estatísticas sobre o número de farmacêuticos inscritos e a quantidade de estabelecimentos registrados.

Um dos pontos discutidos foi a migração dos profissionais baianos para cidades do Sul do Brasil em busca de oportunidades. Isso ocorre devido à formação de um maior número de farmacêuticos do que a demanda das empresas, resultado do crescimento significativo do número de cursos de Farmácia no estado e do ensino a distância.

Os relatos dos colegas farmacêuticos que trabalharam no Sul do país evidenciaram a eficácia e eficiência da atuação das Vigilâncias Sanitárias no trabalho em conjunto com o Conselho, fiscalizando os estabelecimentos, cobrando a regularização dos mesmos quando necessário e analisando o papel do farmacêutico no controle sanitário dos medicamentos nesses locais.

Com os depoimentos compartilhados e as discussões sobre o tema, tornou-se evidente a necessidade de uma intensificação imediata nas ações das Vigilâncias Sanitárias do Estado da Bahia. Isso se torna ainda mais crucial para garantir o acesso à saúde de qualidade e medicamentos seguros às populações de seus municípios.

Nesse contexto, Dr. Martinelli pontuou a necessidade do apoio das Vigilâncias para fechar estabelecimentos clandestinos. Com a regularização e a fiscalização desses estabelecimentos serão geradas mais vagas de emprego para a categoria. Esta, por sua vez, precisa se unir e não aceitar salários menores do que aqueles estabelecidos pelo Sindifarma em convenção coletiva.

O presidente ainda destacou a importância da capacitação para se diferenciar neste mercado de trabalho tão competitivo, e que um dos objetivos do Conselho é inserir o farmacêutico na Atenção Básica do SUS.

É fundamental inserir os farmacêuticos no SUS, mas para isso é necessário capacitação, como ter conhecimento e técnica para aplicar vacinas. Não existe espaço vazio. Se não ocuparmos, outros profissionais vão fazer isso. Estamos com um governo favorável para a classe trabalhadora avançar, então precisamos mobilizar a categoria farmacêutica.

Dr. Mário Martinelli.

Entre os debates e sugestões enriquecedoras, a Dra. Talita dos Santos Almeida, uma das representantes do grupo, compartilhou um aspecto da sua visão sobre o problema, destacando a qualidade do ensino superior oferecido. “Quando saímos da faculdade muitas vezes nos sentimos perdidos. O que fazer em seguida? Por isso é importante cursar matérias optativas, realizar diversos estágios e investir em cursos fora da faculdade. A falta de experiência é um grande obstáculo para ingressar no mercado de trabalho, e até mesmo conseguir estágios tem se tornado desafiador.”

Como um dos resultados dessa valiosa reunião, o presidente definiu que será realizado, no segundo semestre deste ano, um fórum de debate sobre empregabilidade. A intenção é convidar entidades farmacêuticas, como o sindicato, lideranças acadêmicas, coordenadores de cursos de Farmácia, representantes de Vigilâncias Sanitárias destacadas em seus municípios e outros profissionais para promover um dia de discussão sobre o mercado de trabalho farmacêutico na capital baiana.

• 

• 

• 

• 

•